O futuro do varejo esteve em pauta durante a Latam Retail Show, feira de tecnologia varejista realizada em São Paulo, nos dias 28, 29 e 30 de agosto. Quem passou por lá pôde conferir de perto como a empresa americana Avery Dennison tem revolucionado a experiência de consumo. Líder no mercado de rótulos e comunicação visual, a companhia investe em novidades e inovação na área de controle de estoques e relacionamento com clientes, ampliando e melhorando os negócios de empreendedores de portes diversos. “Com as nossas tecnologias voltadas para o varejo, o empresário pode se concentrar na tarefa mais importante do negócio: vender”, diz Francisco Melo, vice-presidente global de RFID da Avery Dennison.
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Com atuação global e produção local em mais de 50 países, a Avery Dennison é a principal fornecedora de adesivos para rótulos e comunicação visual do mundo. Seus produtos estão presentes em praticamente todas as grandes marcas de bens de consumo. Segundo Melo, a visão da empresa é que o varejo está passando por uma grande transformação, que vai culminar em um modelo de consumo mais personalizado. “A digitalização do varejo, por exemplo, é irreversível”, diz o executivo.
A base dessa revolução é a tecnologia de RFID. Com essas pequenas etiquetas, que trazem um chip instalado, o varejista é capaz de fazer um controle muito mais eficiente de seus estoques e dos produtos expostos na loja.
Isso é possível porque a tecnologia automatiza a contagem das mercadorias, substituindo o processo convencional ou via código de barras. “A leitura chega a ser 100 vezes mais rápida do que por método manual”, diz Melo. A tecnologia abre as portas para um novo modelo de relacionamento com clientes, integrando por completo os mundos virtual e físico, tendência no varejo global.
Um exemplo dos ganhos dessa tecnologia pode ser verificado na Macy’s, uma das maiores lojas de departamento do mundo. Graças ao RFID, a empresa aumentou em duas vezes a velocidade com que vendedores conseguiam achar os produtos nas lojas.
A precisão no gerenciamento do inventário aumentou em 20%. Os itens habilitados com RFID registram até nove vezes mais vendas, e promoções do tipo “garanta a última unidade” também geraram aumentos superiores a 300% nas vendas.
Conceito born digital e telas interativas
A ideia é adotar o conceito de “born digital”, ou seja, fazer com que os produtos tenham um componente digital desde a sua criação. Ao substituir o código de barras por uma etiqueta RFID, o fabricante ou varejista fazem com que o produto passe a ser o ponto de contato principal com o cliente. As mercadorias ganham um tipo de “identidade digital”, no caso, a etiqueta RFID.
Durante a feira, a Avery Dennison também apresentou uma película para vidros que transforma as vitrines das lojas em uma plataforma interativa. Batizada de VelaTM, a tecnologia permite a transmissão de vídeos diretamente na face externa da vitrine, alternando entre o conteúdo e a superfície translúcida. Em conjunto com o RFID, um lojista pode, por exemplo, apresentar ofertas exclusivas para clientes fiéis que se aproximam da loja.
Para isso, basta que o consumidor esteja com seu cartão de fidelidade RFID no bolso. Ao se aproximar da vitrine, o cliente é identificado pelo leitor, que o apresenta uma oferta, saudação ou outro tipo de interação. Há também a possibilidade de usar a tecnologia Near Field Communication (NFC). Presente na maioria dos modelos de smartphones mais recentes, o NFC é um método de leitura por radiofrequência ponto a ponto.
Essa é outra tecnologia muito relevante para o varejo do futuro, pois permite a automação do processo de compra dentro da loja. Em vez de levar os produtos até o caixa, o próprio cliente, com um simples celular, pode fazer a leitura do código e pagar automaticamente, sem filas.
Fonte: Exame